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PCP chama ministro da Saúde ao Parlamento pelo encerramento da urgência de ginecologia/obstetrícia no Hospital das Caldas da Rainha

PCP

O Grupo Parlamentar do PCP decidiu chamar à Assembleia da República o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, por causa do encerramento temporário da urgência de ginecologia e obstetrícia a partir de 1 de Junho. Em comunicado, a Direcção de Organização Regional de Leiria do PCP destaca que “o PCP tem vindo a alertar para a difícil situação no que respeita ao adequado acompanhamento da gravidez, ao acesso a serviços de obstetrícia, particularmente os serviços de urgências, à qualidade e disponibilidade dos blocos de partos. Preocupações que resultam da evidência de que a saúde materna está hoje confrontada com graves problemas, que têm vindo a agudizar-se e para os quais são necessárias respostas urgentes, bem como a adopção de medidas estruturais que ponham fim à progressiva diminuição da assistência prestada no SNS”.

O encerramento temporário, a partir de quinta-feira, do serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste, que funciona no Hospital das Caldas da Rainha, a pretexto de obras de requalificação, para os comunistas não está desligado das dificuldades gerais nesta especialidade que tem levado ao funcionamento de serviços em sistema rotativo. “É uma evidência, como há muito o PCP vem alertando, que são necessárias obras de requalificação deste serviço, o que já não é compreensível é que tal implique o encerramento do serviço no Centro Hospital do Oeste (obrigando à deslocação das utentes para o Hospital de Leiria). Incompreensível é também que tal encerramento seja anunciado com apenas cinco dias antecedência”, refere o comunicado da organização comunista enviada ao ALVORADA.

Recorde-se que as obras serão suportadas, em parte, pelo Município das Caldas da Rainha, o que revela, para o PCP, “por um lado, a persistência na falta de investimento por parte do Governo e, por outro lado, o desvio de meios da autarquia para competências que deviam ser asseguradas pelo Estado Central e que vão fazer falta nas outras respostas que a Câmara Municipal das Caldas da Rainha deve assegurar”.

Simultaneamente, o PCP exige a intervenção urgente e organizada nas instalações do actual Centro Hospitalar do Oeste, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contratação dos profissionais necessários, de forma a garantir uma adequada prestação de cuidados de saúde de qualidade. “A decisão de manutenção dos encerramentos rotativos destas urgências e a opção de recorrer aos grupos privados para suprir as necessidades, traz à evidência a opção de continuar a transferir recursos públicos para o sector privado, não actuando onde é necessário, designadamente na captação e fixação dos profissionais de saúde no SNS. Ao mesmo tempo que se exige a intervenção urgente nas instalações do actual Centro Hospitalar, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contractação dos profissionais necessários, o PCP reafirma a necessidade da construção, sem mais adiamentos do novo Hospital do Oeste”, conclui a DORLEI do PCP.

Texto: ALVORADA com comunicado da DORLEI/PCP