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Trabalhadores da administração local em luta esta sexta-feira por aumento salarial

STAL

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) promove na sexta-feira uma manifestação nacional em Lisboa para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho, disse hoje à agência Lusa fonte sindical.

A acção de protesto vai iniciar-se às 10h30, no Jardim da Estrela e termina no Jardim das Francesinhas, junto à Assembleia da República, segundo referiu à Lusa a presidente do STAL, Cristina Torres.

Vamos estar muito perto da residência oficial do primeiro-ministro. Vamos a gritar, a ver se ele nos ouve e responde ao abaixo-assinado que nós entregámos. Também estamos muito perto da Assembleia da República, onde estamos à beira de iniciar a discussão do Orçamento do Estado para 2025”, afirmou a sindicalista.

O STAL tinha entregado a 25 de Junho um abaixo-assinado ao Governo, subscrito por 25 mil trabalhadores, com as principais propostas do sindicato.

As principais reivindicações, explicou Cristina Torres, são aumento do salário mínimo na Administração Pública, do subsídio de refeição e o alargamento da abrangência do Suplemento de Penosidade e Insalubridade (SPI), medidas que contribuem para “valorizar os trabalhadores”. “Há um aspecto que nós nunca deixamos de fora porque os suplementos são, de facto, importantes e o reconhecimento e a valorização destes trabalhadores é para nós uma bandeira de luta”, sublinhou.

Relativamente ao SPI, Cristina Torres explicou que o STAL defende o aumento da sua abrangência, quer aos trabalhadores que beneficiam dele, quer à sua aplicabilidade. “Ficou muito limitado [o SPI]. Ficou só para os trabalhadores da carreira de assistente operacional e, dentro desta carreira, para um conjunto limitado também de profissões. Nós consideramos que é possível e necessário alargar o âmbito deste suplemento a outras carreiras e a mais profissões”, defendeu.

O STAL pretende, igualmente, que este subsídio alargue a sua abrangência deixando de ser apenas de Penosidade e Insalubridade e passe também a ser de Risco.

Actualmente, o valor do SIP mais alto é de 4,99 euros (por dia) e o mais baixo 3,36 euros, sendo que os sindicatos defendem uma “actualização destes valores com base na inflação”.

Outra das reivindicações do STAL tem a ver com um incremento mínimo de 150 euros de todos os salários e o estabelecimento em 2025 de um salário mínimo na Administração Pública de 1000 euros. Actualmente, o salário mínimo na administração pública é de 821,83 euros. O aumento do subsídio de refeição dos actuais seis euros para os 10,50 euros é outra das reivindicações do STAL. “Estamos animados porque temos muitos trabalhadores inscritos nos autocarros que vêm de todo o país para Lisboa”, apontou.

Paralelamente, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), que também participará nesta manifestação, convocou para sexta-feira uma greve de 24 horas por melhores condições de trabalho e de salário.

Num comunicado divulgado a 4 de Setembro, o STML explica que a greve se vai realizar entre as 00h00 e as 24h00 de sexta-feira e que abrange todos os trabalhadores do Município de Lisboa, incluindo os das empresas municipais, intermunicipais, fundações e outras, bem como todos os trabalhadores das juntas de freguesia de Lisboa, “seja qual for o seu vínculo contratual, regime de horários e local de trabalho”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados