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Grupo ‘Águas de Portugal’ lança estratégia Inovação 360º com projectos de reutilização de água

Dia Mundial da Agua

O Grupo AdP - Águas de Portugal apresenta hoje a estratégia ‘Inovação 360º’ assente em projectos de uso de água para reutilização na agricultura e avaliação de riscos de incêndios com impacto nas infraestruturas de abastecimento de água e saneamento.

Numa informação remetida à Lusa, o Grupo AdP explicou que os projectos de inovação em curso são três e têm o apoio do Fundo Ambiental. “Nos próximos três anos, o Grupo AdP vai alocar mais de um milhão de euros ao fundo criado este ano e especificamente vocacionado para financiar novos projectos e acelerar a inovação estratégica”, frisou.

Um dos projectos chama-se ‘REUSE’ e visa a promoção da produção e utilização de água para reutilização na actividade de regadio na região do Alentejo, na qual tipicamente se verifica uma baixa precipitação e elevada insolação e, simultaneamente, elevada intensidade de agricultura de regadio, explicou. O ‘REUSE’ pretende potenciar a utilização de água para reutilização na agricultura tirando partido do desenvolvimento de uma tecnologia de baixo custo com recurso a energia renovável.

No âmbito deste projecto, iniciou-se em 2019, em regime de experimentação, um sistema de produção de água para reutilização através da desinfecção solar das águas residuais tratadas na ETAR de Beja para posterior utilização, por um agricultor da região, na rega de um pomar de romãzeiras, tendo como objectivo estudar o impacto nas plantas, solo e água, adiantou a empresa.

Outro dos projectos é o ‘AQUA-VINI’ que visa promover a economia circular e a utilização de água para reutilização na rega agrícola no Alentejo, através do recurso a tecnologias ambientalmente sustentáveis e de baixo custo. “Pretende-se que o projecto estenda a circularidade entre o sector das águas e o sector vitivinícola, em dimensões conexas, reforçando desta forma a relação ambiente/agricultura”, frisou a empresa. O setor vitivinícola, enquanto actividade de valor acrescentado e de referência no contexto económico nacional e regional, afigura-se como um sector de excelência para a promoção de projectos sustentáveis de eficiência hídrica utilizando a água residual tratada para rega, reforçou.

Já o ‘SMART FIRE PREVENTION - Avaliação de risco de incêndio com recurso a inspeção via satélite e implementação de procedimentos de desmatação’ é outro dos projectos cujo objectivo é identificar as áreas de desmatação prioritárias e previsão e calendarização de áreas e investimento respeitante à desmatação. Além disso, pretende reconhecer as infraestruturas críticas, em razão do risco e da garantia da distribuição de água, em caso de incêndio.

“Com o propósito de viabilizar projectos de inovação estratégica alinhados com as prioridades do Quadro Estratégico de Compromisso, afectámos uma dotação para os próximos três anos de um milhão de euros. Temos a certeza que este será um investimento com um grande retorno no futuro próximo e um contributo decisivo para a sustentabilidade das nossas empresas”, disse o presidente do conselho de administração da Águas de Portugal, José Furtado, citado no comunicado.

É no Grupo AdP - Águas de Portugal que está integrada a empresa Águas do Tejo Atlântico, S.A., uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, responsável pela gestão e exploração do sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste. O Grupo AdP detém 50,65% do capital social desta empresa que tem como objectivo a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes domésticos e urbanos, “de forma regular, contínua e eficiente”, abrangendo os municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. Com sede em lisboa e presidida por Ana Sofia Silvestre, a empresa conta com cerca de 400 profissionais operam diariamente as infraestruturas, recolhendo o efluente proveniente de 2,4 milhões de habitantes para voltar a devolvê-lo ao meio hídrico já tratado, garantindo a qualidade das nossas praias, rios e lagoas localizados nos 23 municípios servidos por este sistema multimunicipal.

Texto: ALVORADA com agência Lusa