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Covid-19: Governo admite “condições incómodas” para vacinação nas próximas semanas

Antonio Costa 06072021

O Primeiro-Ministro admitiu hoje que as condições de vacinação nas próximas duas semanas serão “mais incómodas”, decorrente do esforço de aceleração necessário para enfrentar a quarta vaga da Covid-19 que afecta o país, e alertou que a luta não terminou.

“O país está ainda enfrentar esta difícil pandemia, estamos mesmo a enfrentar uma quarta vaga desta pandemia. E não nos podemos distrair, não podemos relaxar, isto exige que aceleremos mesmo o processo de vacinação, vai ser feito um esforço muito grande nas próximas duas semanas, com condições que serão mais incómodas para quem se vacina, mas que reforçará a segurança de todos e particularmente aqueles que vão ver mais rapidamente alcançada a segunda dose da vacinação”, declaração António Costa. O chefe do Governo falava, no Porto, à margem da cerimónia de apresentação da linha Metrobus Boavista – Império, infraestrutura financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Primeiro-Ministro salientou que o esforço de aceleração do processo de vacinação contra a Covid-19, não permite “qualquer distração” quanto ao comportamento social da população, impondo a manutenção das regras de higiene e afastamento físico. “Esta é uma luta que não terminou, é uma luta que tem de continuar e que temos de a travar”, disse.

Na segunda-feira, o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordena a ‘Task-Force’ responsável pela vacinação contra a Covid-19 afirmou que a possibilidade de longas filas nos centros de vacinação era expectável devido ao aumento do ritmo do processo, mas reconheceu que é um problema e terá de ser resolvido. No sábado, o responsável explicou que Portugal iria acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta de SARS-CoV-2, prevendo que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana.

Em Serralves, António Costa defendeu, contudo, que “simultaneamente” ao combate à pandemia de Covid-19, o país tem de lançar a recuperação, mantendo nomeadamente a ambição de executar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Lusa