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Covid-19: União Europeia atinge meta de 70% de adultos vacinados com primeira dose

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A União Europeia (UE) atingiu hoje a meta dos 70% de adultos vacinados contra a Covid-19, ainda com a primeira dose, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia, que fala num “marco importante” para a luta contra a pandemia.

“Hoje, atingimos um marco importante, tendo 70% da população adulta da UE recebido uma primeira dose de uma vacina anticovid-19. É um momento de que a UE se pode orgulhar colectivamente”, declara a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numac reacção enviada à agência Lusa.

A responsável pela tutela sanitária diz também estar “satisfeita por 57% dos adultos da UE estarem agora totalmente vacinados, com mais cidadãos a serem vacinados todos os dias”. “As projecções mostram que vamos atingir o nosso objectivo de assegurar uma vacinação completa de pelo menos 70% até ao final do Verão”, sendo essa a grande meta estipulada por Bruxelas, acrescenta.

Ainda assim, Stella Kyriakides vinca nesta posição enviada à Lusa que “agora não é o momento de ser complacente e baixar a guarda”. “A ameaça de variantes mais transmissíveis está presente e é real, com o número de casos a aumentar novamente em todos os Estados-membros e alguns a ficarem preocupantemente para trás na vacinação”, assinala a responsável, pedindo aos “cidadãos para que confiem na ciência e se vacinem, para se protegerem a si próprios e aos outros à sua volta”. “Precisamos de fechar a lacuna da imunidade e a porta para novas variantes e as vacinas devem ganhar a corrida sobre as variantes”, insiste Stella Kyriakides, numa alusão nomeadamente à estirpe Delta, detectada na Índia e mais transmissível do que qualquer outra.

Actualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson). Além dos atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como também aconteceu com a vacina da norte-americana Johnson & Johnson. No caso da AstraZeneca, a farmacêutica foi obrigada judicialmente (por um tribunal belga) a cumprir os prazos de entrega de vacinas à UE.

Também numa declaração hoje à imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salienta que “a UE cumpriu a sua palavra e cumpriu”. “O nosso objectivo era proteger 70% dos adultos na União Europeia com pelo menos uma vacinação em Julho e hoje atingimos este objectivo, [além de que] 57% dos adultos já têm a protecção total da dupla vacinação”, vinca a líder do executivo comunitário. Salientando que “estes números colocam a Europa entre os líderes mundiais”, Ursula von der Leyen lembra que “a variante Delta é muito perigosa” e, por isso, exorta “todos os que têm oportunidade a serem vacinados”.

Texto: ALVORADA com agência Lusa