Incêndios: Quarenta e cinco detidos este ano por suspeitas de fogo posto
- Sociedade
- 07/06/2023 15:29
Quarenta e cinco pessoas foram detidas este ano pelo crime de incêndio florestal, revelou hoje o ministro da Administração Interna, avançando que mais de metade dos fogos que deflagraram este ano tiveram como causa a negligência.
Na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades Garantias, onde está a ser ouvido, José Luís Carneiro referiu que, nos primeiros cinco meses do ano, ocorreram 3.457 incêndios rurais, 98% com intervenção humana e 64% com negligência, tendo sido detidas 45 pessoas.
Dando conta do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), que na época mais critica, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, terá no terreno 13.891 operacionais, mais 974 que me 2022 e 2.990 veículos, mais 157 que em 2022, o governante considerou que "o essencial tem a ver com os comportamentos”. “Por maior que seja o dispositivo, entrará sempre em stress a partir de 150 ignições diárias”, frisou José Luis Carneiro, apelando para que se evite incêndios.
O governante afirmou também que o planeamento efectuado para o DECIR deste ano "teve em conta as previsões de agravamento meteorológico”, além de ter sido incorporado o resultado “das lições aprendidas no ano anterior”. Como exemplo, referiu a criação de equipas regionais multidisciplinares para os incêndios de grande complexidade e com maior segmentação de funções na protecção de pessoas, bens e frente florestal. O ministro disse ainda que a Força Aérea está “a procurar reforçar os meios aéreos para além dos 60 do ano passado”.
O DECIR deste ano previa 72 meios aéreos, mas actualmente, segundo o ministro, estão ao serviço 55 aeronaves.